
A segunda edição do ‘World Heritage Festival’ teve início a 28 de junho, em Cabrela, com a atuação da fadista Carminho. Este festival, que pela segunda vez preenche as ruas e os largos de vila de Cabrela, tem por objetivo homenagear o Património Imaterial da Humanidade que tenha sido reconhecido pela Unesco.
Assim, o evento começou com a atuação de Carminho, uma fadista portuguesa de reconhecido mérito que veio ao Alentejo mostrar o seu mais recente trabalho, publicado em 2023, intitulado ‘Portuguesa’.
A fadista chegou ao palco vestida de negro e azul e desde logo começou por estabelecer uma relação de proximidade com o publico presente que praticamente lotou o largo Pascoal Coelho. Carminho revelou que teve uma relação com o fado desde o início da sua existência, uma vez que a sua mãe (Teresa Siqueira) também foi fadista, e sublinhou que olha para o fado como uma lenda viva.
Para além de fados, Carminho, não deixou de cantar a ‘Marcha de Alcântara’ em homenagem ao seu bairro que este ano venceu o concurso de marchas de Lisboa que teve lugar no início desde mês. A fadista mostrou também que há sempre novas formas de ver e de interpretar fados antigos e trouxe até Cabrela interpretações de fados com mais de 50 anos, mas que se continuam a ouvir nos dias de hoje.
Apesar da chuva que entendeu visitar o Festival, o público manteve-se firme na audição da fadista, e Carminho, num momento de grande profissionalismo manteve-se sempre em palco até ao final do espetáculo, independentemente da chuva que caia. A terminar ainda agarrou numa guitarra elétrica e tocou um tema que agradou à plateia à qual deixou palavras e esperança.
A.M. Santos Nabo
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